Dica de filme: Flor do Deserto

Tava assistindo ontem no Telecine Light e resolvi postar alguma coisa sobre ele aqui. O nome é Flor do Deserto e conta a história da modelo somali Waris Dirie que foi muito famosa nos anos 90. O filme narra a história da modelo desde a infância no deserto da Somália até a fama nas grandes passarelas, passando pela sua descoberta em uma lanchonete de Londres e problemas com a imigração inglesa. O fato mais marcante e emocionante é que, devido a um ritual da cultura somali, a modelo possui os órgãos genitais amputados (como se fosse circuncidada). O filme é dirigido por Sherry Hormann e tem como Waris Dirie a modelo e atriz etíope Liya Kebede.


Abaixo algumas fotos de Waris durante a fama:

Alexander McQueen Campanha Primavera 2012

Oi gente! Desculpa o abandono do blog mas nós tivemos um problemas com a nossa conexão, mas tá tudo funcionando de novo. Hoje vamos mostrar a campanha da coleção Primavera/Verão 2012 de Alexander McQueen. Como muitos dos estilistas do último Paris Fashion Week, Sarah Burton teve inspiração no oceano para compor a coleção.

MAKE!

Olá gente, a conversa de hoje é sobre maquiagem, em especial sobre uns cursos e dicas bem legais. Então vamos lá, esse dias comprei no Groupon( site de compras coletivas) um curso de maquiagem muito bacana( assim que eu fizer, posto como foi), o que quero dizer com isso é que na internet com blogs ou em cursos é bem prático entender um pouco mais de make e até arriscar em umas produções mais 'glamour'.
 Algumas dicas são:
   1. Sempre faça um make o mais natural possível, pra isso você precisa de uma base com cobertura bem fina e delicada, e pouco pó facial, dê preferência aos minerais, pra obter aquele efeito 'acordei assim' sabe? SHUUASHAHS. A foto aqui em baixo é da linha Make B Mineral de O Boticário.

Blush da Vult Cosmética, MAC, Avon, Mary Kay, Natura.

         


2. Escolha o blush certo pro seu tipo de pele, não vale ficar dourada, nem rosada demais, geralmente a cor pêssego cai bem em diversos tipos de pele, mas vale a pena procurar o seu. E é sempre bom ter duas opções, uma pra quando você estiver mais bronzeada e outro pra quando estiver natural. 

3. Rímel, esse é um elemento que faz toda a diferença e quanto mais, melhor, dizem muitos maquiadores. O preto é o preferido( meu também), mas tem o incolor e os coloridos. Gosto também de usar o curvex, um aparelhinho que alonga e curva os cílios antes do rímel. 
      




        4. Utilize pincéis de qualidade, você não precisa ter todos, pois alguns podem servir pra mais de uma função tá?

5. Sempre tenha o básico na sua necessaire, não precisa carregar todo o seu kit de maquiagem, sempre que sair de casa, leve o básico, isso inclui os itens citados acima.

                                                                  E agora alguns blogs que sempre leio pra ter dicas fáceis e práticas de makes mais elaborados:

#  http://www.lucianeferraes.com.br/ é da Luciane Ferraes.

Esse vídeo é sobre preparar uma pele perfeita.

#  http://supervaidosa.com/ é da Camila Coelho.

Esse aqui é a Camila explicando um pouquinho da vida dela e como aprendeu tudo sobre maquiagem.

É isso espero que gostem viu? 

TOP 10 Fashion Rio.

1 – Herchcovitch

O lugar mais alto do pódio do nosso top 10 fica com a grife Herchcovitch. O estilista Alexandre Herchcovitch investe, dessa vez, na década de 1980 e nos artistas nova-iorquinhos para compor o seu desfile que marca pela iconografia cool, urbana e jovem. O jeans, como pode ser visto também no desfile de verão da marca, é a matéria-prima principal do desfile, que se utiliza principalmente da silhueta próxima ao corpo. A veia dark do estilista está presente nas cores (muitos azuis e pretos, além de algumas estampas militares) e na clássica caveira, marca registrada do estilista, pontuada durante o desfile. A lingerie se transforma em roupa e dá mais destaque à sensualidade. Os saltos transparentes lembram os sapatos de cristal dos anos 80, uma referência clara. Os comprimentos são, na maioria, curtos. A Herchcovitch leva a medalha de ouro por apostar em uma década em que nenhuma outra grife apostou e fugir da tendência étnica que pontuou quase todos os desfiles do Fashion Rio. Além disso, por mostrar uma coleção jovem, urbana, cool e moderna, além de extremamente usável.

             

 2 – Printing

A mineira Printing mostrou a coleção mais rica e luxuosa de todo o Fashion Rio. A marca já é conhecida por usar matéria-prima nobre e continuou assim, lã prensada com reda, seda bordada,  couro vazado com organza, tudo isso e muito mais estava presente na coleção que teve como ponto de partida a geometria e os anos 60. A coleção tem certa influência étnica nas estampas e nos bordados riquissímos. Para equilibrar com esse exagero, os shapes são simples, limpos e retos. As polainas trazem um ar esportiv sem deixar brega (algo muito difícil de se acontecer). Enfim, não existem muitas palavras para definir esse desfile além de elgância e luxo. A Printing fica com a medalha de prata por ter feito a coleção mais nobre de todo o Fashion Rio e por ter uma execução excelente.

3 – Walter RodriguesWalter Rodrigues foi o estilista que mais tomou riscos nessa edição do Fashion Rio, mas não de uma maneira convencional. Com um desfile inspirado na cultura amish (que não utiliza qualquer tipo de tecnologia ou vaidade), a coleção se llivra de decotes ou qualquer aparição de pele (exceto do rosto, pescoço, punhos e mãos) e de qualquer silhueta mais próxima ao corpo. O estilista tratou o desfile como a história de uma menina, começando da infância, com roupas similares as de internatos, e vai evoluindo, até chegar em uma pequena confusão marcada por mistura de estampas. Walter Rodrigues fica na terceira posição por tratar o tema étnico da forma mais inusitada e criativa.      

É isso gente, agora rumo ao SPFW.

TOP 10 Fashion Rio.

6 – R. Groove

A única grife a apresentar um desfile completamente masculino durante o Fashion Rio, a R. Groove apostou numa coleção que alia o esporte ao clássico em composições na maioria das vezes minimalistas, assim lembrando os desfiles masculinos de Calvin Klein. As calças são todas de alfaitaria, mas ganham modelagem mais folgada de acordo com o look. Para fugir um pouco do excesso de minimalismo o estilista Rique Gonçalves apostou em estampas florais estilizadas (não aquelas de surfista) que parecem ventiladores. A ousadia do desfile fica por conta de um bolero. A R. Goove merece o sexto lugar por mostrar uma coleção masculina para um homem moderno com inspirações em um homem clássico, sem ser desinteressante ou chata.

        

5 – Andrea Marques

Andrea Marques é autoridade máxima em elegância discreta, pelo menos no Fashion Rio. Com uma coleção feminina e limpa de qualquer tipo de exageros, a estilista trabalha de uma maneira que não visa uma sensualidade óbvia (ou até mesmo a existência dela).  A coleção tem semelhanças à coleção de verão passada: os pretos com laranja, a silhueta longilínea e a inspiração oriental. Porém, o inverno vem leve, com tecidos fluidos e belissímos plissados. O romantismo é quebrado com looks um pouco mais masculinos e estampas de carcaças de passáros e folhas secas. Andrea Marques merece nosso quinto lugar por mostrar uma coleção simples, fácil, limpa e extremamente elegante que não passou despercebida por blogueiros, jornalistas ou fashionistas.

4 – Maria Bonita Extra Talvez o mais lady like de todos os desfiles apresentados durante o Fashion Rio, Maria Bonita Extra fez uma coleção simples, usável, feminina e romântica. Sob a direção de um coletivo liderado por Katia Wille (ex-Zigfreda), a marca procurou marcar a cintura e dar destaque aos quadris. Os comprimentos são curtos e as peças são feitas exatamente para as garotas mais jovens. Com estampas pequenas e transparências bem posicionadas, as modelos foram transformadas em bonequinhas, porém sem perder o sexy appeal. A Maria Bonita Extra entra no nosso top 10 em quarto lugar por mostrar uma coleção que parece ter sido pensada, que se livrou de excessos e que contem o DNA da marca, roupas feitas para garotas jovens e românticas.

                                                           

 .. No próximo post terminamos e vocês terão o primeiro lugar. =)

Fashionpédia: Hippie

Paz, amor, sexo, espiritualidade, drogas e muita psicodelia são palavras-chave para o assunto da Fashionpédia de hoje.

Desde as calças boca de sino até as franjas indígenas, das manifestações históricas aos grandes festivais, o movimento hippie representou uma grande revolução ética e estética. Ser hippie era buscar uma relação de intimidade com a natureza do corpo ao espiríto, da alimentação alternativa aos efeitos alucinógenos do LSD. Todas as batalhas ideológicas do final dos anos 60 e inicio dos 70 tem influencia da ética ideologica do movimento hippie.

Assim como qualquer estilo, a estética hippie tem uma relação muito próxima com a música. A primeira grande manifestação hippie foi o Flower Power que tem como iconografia máxima a foto onde um jovem coloca uma flor na arma de um soldado em total protesto contra a guerra. Os grandes festivais de música iniciaram-se durante o final dos anos 60 e o inicio dos 70, onde milhares de hippies reuniam-se em grandes terrenos descampados para ouvir rock n’roll (o chamado Psychedelic rock) e músicas de protesto, praticando o sexo livre e abusando de drogas psicodélicas. Os maiores foram o Summer Love de 1966 e Woodstock de 1969.

Devido, talvez, ao efeito das drogas psicodélicas passaram-se a desenvolver-se estampas psicodélicas para cartazes e roupas, essas aparecendo em álbuns de bandas e cantores importantes da época como Grateful Dead, Jefferson Airplane e Janis Joplin.

Psicodelia, espiritualismo e contestação, essas três palavras definem o que foi e o que é o movimento hippie em questão de ideologia, estética e música.

Capa do famoso álbum dos Beatles Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band

A estética hippie terminou de tomar conta do mundo quando os mundialmente famosos Beatles abandonaram os ternos e a estética mod, e decidiram abraçar a psicodelia no álbum Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band. Aí tudo estorou pelo mundo, tendo o Brasil, também, um movimento de grande influência hippie: a Tropicália, representada principalmente pelo grupo Novos Baianos.

Os anos 70 e os hippie trouxeram importantes influências para a moda de hoje. Os anos 70 marcaram a industrialização do bom gosto dos anos 60, com o advento do prêt-à-porter a moda tornou-se mais acessível à diversos públicos. Além disso, os hippies popularizaram o jeans. A praticidade da moda unissex e o seu significado de libertação para as mulheres também está diretamente ligado aos hippies.

Modelos de Ossie Clark

Exemplo da técnica de tingimento
artesanal nascida na Indonésia
chamada de batik. Consiste em
sucessivos tingimentos no tecido,
protegido por máscaras de cera,
onde somente as partes não vedadas
pela cera são tingidas

A moda hippie é relaxada e romântica, porém sem deixar de ser sofisticada. Pode-se perceber nos vestidos do estilista Ossie Clark uma exuberância de formas e mistura de materiais digna de se ressaltar. A estética hippie adota vestimentas das culturas orientais (batas indianas) e diversos elementos dos trajes tipicos dos indigenas norte-americanos (franjas, headbanges e bijuterias, faixar coloridas). Técnicas orientais como o batik também marcavam as roupas hippies. Outra ponto alto da moda hippie são as estampas étnicas, a calça boca de sino e a utilização do patchwork (técnica em que vários tipos de estampas são unidos em uma peça só).

Hoje em dia o hippie invadiu muitos desfiles, além de muitas coleções de lojas de departamentos como a      H & M e a Zara, que viram forte apelo comercial e romântico da estética. Estilistas como Jean-Paul Gaultier sempre mostram influências étnicas em suas coleções que remetem aos hippies. Um estilo que lembra muito a estética hippie é Boho-chic (ou Bohemian chi), tratado como se fosse uma versão mais moderna e refinada do hippie setentista. Na música, quem traz principalmente influências estéticas hippies são bandas alternativas como Empire of the Sun e MGMT.

MGMT

Empire of the Sun

Zuzu Angel

No Brasil destacou-se a estilista Zuzu Angel, que adatou técnicas artesanais brasileiras (como a renda cearense) e adaptou para o dia-a-dia das socialites cariocas. Hoje, muitas grifes fazem esse trabalho, porém uma das que mais se destaca é Isabela Capeto, além da paulista Neon, de Dudu Bertholini e Rita Comparato, que chamam a atenção pela ousadia das formas e das estampas.

Designs de Isabela Capeto

Uma boa dica de filme para entender o movimento hippie e sua estética é o musical Hair (1979) do diretor Milos Forman.

Enfim, ficamos por aqui, mas sempre lembrem-se dos hippies e de sua ideologia e nunca deixem o cinismo, a deseperança e a conformidade vencerem a paz e o amor.

Na próxima Fashionpédia falaremos da influência da cultura negra na moda, ou seja, muito hip-hop, funk e rap.

TOP 10 Fashion Rio.

Olá gente, vamos começar o Top 10 do Fashion Rio:

10 – Coca-Cola Clothing

A Coca-Cola Clothing mostrou uma coleção extremamente esportiva com um toque futurista (na verdade a coleção era mais futurista com um toque esportivo) . O futurismo vem representado pelos tecidos metalizados em cores como prata, azul e laranja em neon. O látex transparente aparece como sobreposição. As estampas, inspiradas no zodíaco, são extremamente divertidas e lembram um pouco os anos 80. A Coca-Cola Clothing merece o décimo lugar por mostrar uma coleção jovem, urbana e cool, características de seu DNA, com influências modernas e atuais, sendo capaz de mesclar tudo isso com um conceito bem definido.

9 – Cantão

Ecleticidade e oposição, essas duas palavras definem bem a coleção de Inverno da carioca Cantão. A grife apostou nos mais variados conceitos: tecidos lisos e estampados, comprimentos longos e curtos, decotes profundos e comportados, tecidos pesados e leves, enfim os opostos marcaram presença no desfile. A cartela de cores é marcada por cores quentes (vermelho e amarelo) e frias (azul royal e preto), além do já clássico off white. A grife traz também uma referência grunge muito forte: o xadrez, deixando a coleção mais urbana. A influência étnica vem em alguns acessórios e em algumas peças de tricô. A Cantão merece o nono lugar pela diversidade que mostrou na passarela, mesmo, às vezes, falhando na coesão. A grife soube fazer uma coleção comercial sem ser desinteressante.

8 – Coven

Seguindo a tendência, a Coven mostrou um desfile extremamente  étnico inspirado na civilização Maia. A marca segue uma tendência e ignora outra, optando pelos cortes mais distantes do corpo, assim rejeitando a cintura alta (presente em quase todos os desfiles). Estampas geométricas, característica da cultura retratada, são combinadas a miçangas, canutilhos e uma espécie de microespelhos. O lurex está presente em boa parte das peças, principalmente em calças (únicas peças justas). A cartela de cores é escura ou cores organizadas geometricamente, mas em tons mais discretos como azul, amarelo ou vermelho. A Coven aparece no oitavo lugar por mostrar uma coleção elegante e ousada, além de muito interessante. Cada peça parece ter sido pensada e estudada e o bordado demonstra a preocupação na execução de cada look.

7 – Espaço Fashion

Mesmo acreditando que a inspiração da grife Espaço Fashion já tenha se tornado um clichê (a inspiração é o Rio de Janeiro), pode-se ver um esforço para algo diferente, e esse esforço foi refletido nas roupas. O desfile tem uma sensualidade no ponto, sem ser vulgar e muito menos conservador, além de um nível criativo muito bom para uma marca que é conhecida pela comercialidade das roupas. A inspiração aparece em estampas preta e brancas que lembram o calçadão e outras da própria paisagem carioca em tons mais escuros. A grife apresentou certa influência étnica em estampas geométricas e o zíper trouxe uma influência esportiva à coleção. A Espaço Fashion fica em sétimo lugar por mostrar uma coleção versátil, sexy e interessante, mesmo se valendo de uma inspiração convencional e muito usada.

Essa é a primeira parte, espero que gostem, ja ja postamos a outra, pra não ficar muito longa.

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